“Nunca se renda, nunca desista de uma luta”

No post de hoje temos outra sugestão de filme para vocês! Com o intuito de valorizar as lideranças femininas, nós indicamos o filme “As sufragistas”, lançado em 2015, ele descreve um pouco do que foi o movimento sufragista e de como as mulheres se impuseram e mostraram sua força ao lutar por igualdade de direitos entre homens e mulheres.

O longa é contextualizado em Londres de 1912, e retrata um período em que as mulheres não tinham direito ao voto e eram representadas por seus maridos, pais ou avôs. Ou seja, o poder político era concentrado nas mãos masculinas e as leis eram sempre em benefício do gênero.

Durante a Revolução Industrial, observou-se que as mulheres trabalhavam arduamente sob condições desiguais de horário, salário e respeito. Sendo assim, elas começaram a demandar direitos iguais aos dos homens, a começar pelo de voto, para que tivessem maior representatividade nas leis e pudessem, assim, dar vez às suas opiniões e necessidades. Essa luta por direitos iguais foi palco de cenas de violência e conflito, mas também de liderança e resistência de muitas mulheres. O Movimento Sufragista surgiu em meados do século XIX, como uma ramificação do feminismo e buscava dar representatividade e voz a figura feminina na política, visando sua participação nos assuntos do Estado. Esse movimento ocorreu com maior força na Inglaterra e nos Estados Unidos, mas chamou atenção global e influenciou várias mulheres ao redor do mundo a lutarem também por seus direitos.

sufragistas 2

(Fonte: PaleoNerd)

Inconformadas com essa submissão e desigualdade, começam a surgir importantes líderes feministas que foram determinantes para a reformulação das leis de forma a garantir às mulheres o direito de participar das tomadas de decisões. Sabemos, porém, que uma minoria dificilmente consegue alcançar mudanças significativas, ou seja, é preciso um esforço coletivo para que o objetivo final seja atingido mais facilmente. O meio que as sufragistas encontraram de fazer com que seus ideais fossem levados em consideração, muito bem retratado no filme de Abi Morgan, foi incomodando o então governo.

E como o movimento sufragista ganhou tantas adeptas? 

As mulheres que aderiram à mobilização compartilhavam problemas bem parecidos. Trabalhavam em fábricas e eram submetidas a terríveis condições de trabalho, sendo exploradas pelos patrões. Além disso, tinham um salário bem menor que o dos homens e trabalhavam por mais horas. Desta forma, as líderes do movimento realizavam discursos para empoderá-las, evidenciando uma realidade dos sonhos caso suas reivindicações fossem alcançadas. Elas basicamente falavam o que as mulheres queriam ouvir. Sendo assim, foi fácil captar um grande número de pessoas que se identificavam com estes discursos.

Outra característica marcante das líderes da revolução no filme era a de assumir a responsabilidade dos erros e acertos. Elas tinham orgulho de lutar pelo que acreditavam e de enfrentar todas as consequências que isso poderia causar, tendo orgulho inclusive de todas as vezes que foram encarceradas lutando pelos seus ideais.

sufragistas 1

(Fonte: danibado)

A luta dessas idealistas, não foi em vão, pois o sufrágio feminino, hoje, é direito na maioria dos países. Veja quando ocorreu a legalização do voto das mulheres ao redor do mundo:

direito ao voto

No Brasil, as mulheres tem há apenas 86 anos o direito ao voto, ainda há muito a ser alcançado quanto a representatividade neste cenário. Pois enquanto 52% do eleitorado nacional é composto por mulheres, estas compõem apenas 10% do Parlamento. Além desta “subrepresentatividade”, carregamos uma grande e triste herança dos tempos em que não tínhamos vez nas urnas, os discursos políticos provenientes de uma voz feminina não são levados tão a serio quanto os masculinos, o que agrava ainda mais a situação das mulheres neste cenário.

Como vimos no filme, a mudança não ocorre de maneira fácil. É preciso resistir e ocupar nossos espaços de fala para sermos representadas na política e em todos os setores de nossas vidas.

E ai, vamos desenvolvEla?

3 comentários em ““Nunca se renda, nunca desista de uma luta”

  1. Um assunto muito sério esse… Realmente não podemos desistir da luta porque sempre vai ter alguma coisa pela qual precisaremos exigir mais visibilidade e mais ainda, respeito!

    Muito bom o post pessoal!

    Curtido por 3 pessoas

  2. humbertorodriguess maio 11, 2018 — 12:40 pm

    ‘cause war’s the only language men listen to.
    Pesadíssimo esse gif!!
    #vamosDesenvolvela

    Curtido por 1 pessoa

    1. Junte-se a nós nessa luta!!!!! #vamosDesenvolvelaS

      Curtido por 2 pessoas

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